terça-feira, 20 de maio de 2008

A balada do vilão em sina merecida




Há quem há de ter pena de tal sujeito?
Posto que há feito todo o malfeito
Quão vil, rasteiro o asco
Oh, vilania!
Se a compaixão ao peito prevalece
Seja então por quem por ele vitimado
Na pureza fez-se presa,
Atraiçoado
Não há de compadecer, nem ser tocado
Por seu pranto de tristeza tão tardia.



Suas lágrimas sem sal ou substância
São vazias
Verme de pedra do Nilo
Que atraiçoa as presas, sedentas, em sua ânsia
Posto os gregos te chamaram crocodilo



Inda para sobreviver à dura sorte
Faz-se da tua luta à vida busca à morte
E à corte faz mesura qual defesa
Exercitas tua retórica natureza
Vituperas mascarado com sorriso



Que ao malfeitor castigo seja dado
Mesmo do quando se rogar arrependido
Quão grande possa o seu dolor ser mensurado
Não alenta ao que tornou desconsolado
Nem ungüento é para um coração ferido

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